Não durou um jogo sequer. Exatamente 47 dias depois de dizer que a seleção argentina havia acabado para ele, Lionel Messi está de volta. Ele foi convocado pelo técnico Edgardo Bauza e vai enfrentar Uruguai e Venezuela nos dias 1º e 6 de setembro, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. A lista, a primeira de Bauza no comando da Albiceleste, foi divulgada nesta sexta-feira.
A confirmação do retorno chega após vários indícios dados ao longo do dia. Primeiro, o pai do jogador, Jorge Messi, postou uma foto da camisa 10 da seleção argentina com o nome do filho no instagram. Depois, vazou um suposto comunicado em que Messi confirma a volta, afirmando que "o futebol argentino está cheio de problemas e ele não queria ser mais um".
Messi, que fez duras críticas à AFA durante a Copa América, é o maior artilheiro da história da seleção argentina, com 55 gols marcados. Ele é também o quarto maior jogador em número de partidas com a Albiceleste. Ao todo são 113, contra 143 do recordista Javier Zanetti.
O meia-atacante, que já foi eleito cinco vezes o melhor jogador do mundo, não conquistou um título sequer com a seleção argentina principal. Sua maior conquista com a Albiceleste é o título olímpico em 2008. Além disso, foi campeão mundial sub-20 em 2005. Nas últimas três competições, três vice-campeonatos, nas Copas Américas de 2015 e 2016 e na Copa do Mundo de 2014.
Pratto na lista e Higuaín fora
Uma das novidades de Bauza é a convocação do centroavante Lucas Pratto, do Atlético-MG, convocado pela primeira vez para a seleção argentina. Lucas Alario, atacante que brilhou no River Plate na conquista da Taça Libertadores de 2015, também foi chamado, assim como Ángel Correa, que trabalhou com o novo técnico no San Lorenzo campeão da Libertadores de 2014. A principal ausência é a de Gonzalo Higuaín, artilheiro do último Campeonato Italiano com 36 gols e recém-contratado pelo Juventus, mas muito criticado no país por perder gols nas três últimas decisões da seleção, que saiu derrotada.