Jogar em solo brasileiro pela Seleção é sonho para poucos. Numa Olimpíada então, mais ainda. No caso, os 18 jogadores desta Seleção Olímpica são os primeiros a desfrutarem desta oportunidade. Com 11 estados representados neste grupo de atletas, já era de se esperar que muitos tivessem a chance de estar ainda mais em casa, atuando justamente na região onde nasceram.

Felipe Anderson foi o primeiro a viver esta experiência. Natural de Santa Maria, cidade satélite de Brasília, o meia recebeu visita do sobrinho de pouco mais de um ano, encontrou a irmã e pôde demonstrar seu talento no gramado Estádio Nacional de Brasília, o Mané Garrincha. A CBF TV, inclusive, aproveitou a oportunidade para visitar o local onde ele cresceu.

Depois foi a vez do goleiro Uilson, o meia Walace e também o técnico Rogério Micale serem os anfitriões. O primeiro deles nasceu em Nanuque, cidade baiana, mas os outros dois são exatamente de Salvador, local onde o Brasil goleou a Dinamarca e cravou a vaga nas quartas de final. Walace, por exemplo, viveu situações inusitadas. Conforme andava pelos corredores da Arena Fonte nova, era saudado por colegas que não via há bastante tempo, como o segurança "Pituca".

Agora em São Paulo para enfrentar a Colômbia em busca de uma vaga nas semifinais, a Seleção Brasileira está no lugar onde tem o maior número de jogadores se sentindo em casa. Ao todo, são sete jogadores nascidos em São Paulo. Marquinhos, Rafael Alcântara e Gabriel Jesus são da capital. Os outros quatro estão "espalhados" pelo estado: Rodrigo Caio é de Dracena, Gabriel é de São Bernardo do Campo, Luan é de São José do Rio Preto e Neymar nasceu em Mogi das Cruzes.

Com sete anfitriões dispostos a deixar uma boa impressão para seus conterrâneos, a "convocação é unânime":

- Esperamos o torcedor do nosso lado. Vamos lotar a nossa casa.